sexta-feira, 12 de setembro de 2014
sexta-feira, 30 de maio de 2014
Levantamento bibliográfico sobre os temas:
Suicídio, sobreviventes, família.
Trabalho desenvolvido dentro do projeto
“Desenvolvimento e Organização de Sistemas
e Serviços de Saúde” MS/SAS - OPAS/OMS
Projeto ComViver - Atendimento a
Sobreviventes de Suicidio.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/levantamentobibliografico.pdf
Suicídio, sobreviventes, família.
Trabalho desenvolvido dentro do projeto
“Desenvolvimento e Organização de Sistemas
e Serviços de Saúde” MS/SAS - OPAS/OMS
Projeto ComViver - Atendimento a
Sobreviventes de Suicidio.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/levantamentobibliografico.pdf
Ser
Ser
Tornar-se
Pessoa é realizar o Ser
do
humano.
É
desabrochar, revelar o que dentro de si
existe
como possibilidade, avanço, doação.
Todo
ser humano traz dentro de si
energias
latentes, mas que requerem o engajamento em um projeto existencial
para
que possam se desvelar, tornarem-se plenas e doarem-se.
Esta
energia, porém, está em mim
mas
não me pertence.
Vem
através de mim, mas não sou eu.
Ela
é antes de mim, presente e além de mim
Ela
é paz, é beleza, é silêncio.
Mas
também é angústia, vício, loucura.
Ela
é sempre dupla em seu permanecer, ausente.
Porém
é única, totalmente outra, no instante indizível e eterno do Totalmente Outro.
Eu
jamais alcanço se me dirijo a Ela.
Ela
jamais me vem se permaneço em mim.
Ocorre-me,
revela-se e permanece
o
instante,
como
Graça.
domingo, 25 de maio de 2014
Profissão de Fé.
Profissão
de Fé.
Pego-me as vezes
pensando como uma pessoa é capaz de suportar tantas dores dentro do si!
Ouvimos histórias de
vida tão devastadoramente dramáticas – mesmo com já alguma experiência clínica em nosso ofício de psicoterapeutas – que diante
das quais fico com uma sensação de impotência tão grande que, insistentemente, me
pergunto como aquela pessoa conseguiu chegar até aqui e estar, neste exato
momento, contando-me sua história de vida e relatando seu infinito sofrimento,
sentada à minha frente!
Muitos quebraram, sem
dúvida. São os que culminaram sua história dolorosa de vida com o evento
trágico e equivocado do suicídio.
São esses os pacientes
com quem trabalho. Como, de alguma forma, posso escolher meus próprios
pacientes, esses são quase sempre os sobreviventes de traumáticas tentativas de
suicídios que não se realizaram ou os desejosos de fazê-lo. No mais, pessoas
atormentadas por forças irracionais, estranhas e descontroladas que as dominam.
Entretanto, quando me
coloco ali face a face com essas pessoas, no silêncio palpitante do consultório,
ouvindo as palavras dolorosamente cálidas que são pronunciadas, o drama de uma
alma revelado, numa relação eu-tu que se estabelece entre dois frágeis seres
humanos, uma crença fundamental vai me tomando e passa a envolver todo meu
trabalho. Uma crença que dia a dia vem crescendo, sem dúvida que, em parte,
baseada nos meus estudos acadêmicos e experiência clínica, mas que vai muito
além disso: a crença de que – desde o mais
íntimo daquela pessoa que ali se apresenta colocada a minha frente, devastada
emocionalmente, sem esperanças, em frangalhos – as forças positivas da
Vida estão agindo, e apenas esperando a situação mais adequada para se
manifestarem e transformar por inteiro aquela existência, ausente da Graça.
Assinar:
Postagens (Atom)