Em primeiro lugar façamos uma distinção entre religião e espiritualidade. E a foto abaixo pode nos ajudar nesse esforço:
Entenda que a oração não
é propriedade de qualquer religião, mas uma prática que expressa um movimento
interno, subjetivo de ligação do eu pessoal a uma condição mais ampla e profunda que podemos denominar de Transpessoalidade. Dessa forma, é sim possível vivenciar a oração quando você possui uma religião ou sem ter
necessariamente ou seguir uma religião. Essa distinção conceitual permite observar o
fenômeno da oração de uma forma mais precisa.
E o que é essa
Transpessoalidade? Para muitos, seguidores de uma religião organizada, ela é
nomeada de diversos modos. Mas não é isso o que mais importa. Do ponto de vista
do bem estar emocional e da saúde psicológica, o que verdadeiramente importa
são os resultados dessa prática.
E quais são os resultados
dessa prática: orar?
Vamos começar essa
resposta fazendo uma analogia com os exercícios físicos. Hoje já está
claramente evidenciado os benefícios de uma prática regular de exercícios
físicos para a saúde mental. Exercícios, seja em contato com a natureza,
andando ou correndo nas ruas ou em parques, ou frequentando academias, são
formas eficazes de atenuar os efeitos de transtornos, por exemplo, como a depressão e a
ansiedade. São inúmeros os estudos comprovando os efeitos positivos dos
exercícios sobre a química cerebral e, consequentemente, sobre as emoções e a
saúde mental.
Então, os avanços realizados no campo das técnicas de captação de imagens cerebrais, pela Ressonância Magnética Funcional e Tomografias Computadorizadas com capacidades de análise do fluxo sanguíneo, estão permitindo visualizar e melhor compreender as alterações da atividade funcional e metabólica do cérebro e como o corpo físico responde prontamente aos comandos cerebrais ao ter ativado circuitos neuroquímicos e neuroimunológicos, no momento da oração.
Compreende? Uma cascata
de reações bioquímicas é ativada a partir da prática da oração, desencadeando
uma série de reações fisiológicas cerebrais e que, lá na ponta, vão proporcionar equilíbrio emocional e bem- estar. A prática da oração tem um
impacto positivo na saúde mental e os correlatos neurobiológicos produzidos
durante a oração indicam um papel benéfico.
Portanto, em resumo, a
partir das revisões de literatura sobre os benefícios da meditação e da oração,
podemos, seguramente, dizer que a oração:
• Diminui a tensão
muscular.
• Melhora as funções
neuroimunológicos e cardiovasculares.
• Gera tranquilidade
emocional.
• Melhora o enfrentamento
das doenças.
• Propicia a diminuição
dos sintomas de transtornos psíquicos.
• Melhora o funcionamento
orgânico.
Por isso e concluindo, ore, faz bem!